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quarta-feira, 6 de julho de 2011

primazia

Por estes dias tenho aproveitado boa parte do meu tempo a procurar as minhas origens. Isto porque – algo por acaso, até – descobri que há uma quantidade substancial de informação sobre batismos, casamentos e óbitos no meu município a partir do sítio da Direção Geral de Arquivos. Estes registos paroquiais apresentam, regra geral, informação mais completa e detalhada do que eu pensava; foram os de batismo e casamento tornados obrigatórios pelo Concílio de Trento em 1563, e os de óbito em 1614. Nalguns destes últimos podemos mesmo encontrar as causas de morte, e até o amargor dos parochos para com a falha incúria dos cirurgiaõs, que assim terão impedido os falecentes de receberem o sacramento da extrema-unção. Verdadeiramente fascinante!

Algumas horas de leitura permitiram chegar já a umas quantas conclusões: o meu apelido foi, com efeito, sempre incomum naquelas terras; há fortes indícios de que seja de proveniência espanhola; a zona que habito foi consideravelmente mais importante e habitada até à Iª Guerra Mundial; a variedade de nomes próprios no concelho era muito maior: Tertuliano, Ubaldo, Ventura, e Balbina, Casemira, Felizarda – alguns dos muitos exemplos possíveis.

O facto de ter tido Paleografia contribuiu para que a familiarização com vários tipos de escrita ocorresse com certa rapidez. Ainda assim, há sempre uma ou duas dúvidas pontuais, muitas vezes devido ao mau estado de conservação dos cadernos de assento: em mais antigos há mesmo bocados de folha em falta, devido à decomposição absoluta, irreversível, das folhas. Informação essa irrecuperável. E a minha prévia noção disto mesmo, atestada agora enfim, sustenta quanto baste o meu ponto: que deverá proceder-se o quanto antes à digitalização de todos os documentos afins, bem como à sua preservação e restauro, por um lado, e, por outro, à transcrição da informação neles contida.



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