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sexta-feira, 27 de maio de 2011

convocatória

Estamos a escassos dias das eleições. E perante um cenário que há muito não acontecia – não sabemos qual dos grandes vai ganhar. Neste sentido, aplaudo a decisão conhecida hoje pelo Tribunal de Oeiras, favorável aos pequenos partidos. Porque só puderam ter frente-a-frente os com representação parlamentar, se os partidos a concorrer são 17, e não 5??

Já tive ocasião de exercer antecipadamente o direito de voto, por ser estudante deslocado. O ato não me tomou nem 5 minutos; muito mais que isso gastei a conseguir informar-me devidamente do processo: na junta de freguesia ensinei cortêsmente à funcionária (princípio de Maio) que existiria o voto antecipado... e que já existia o portal do eleitor. Já na secretaria da minha faculdade (na passada segunda-feira) ajudei a esclarecer o processo: afinal, ao menos em Lisboa, não tivemos de aguardar a deslocação ao estabelecimento de ensino do presidente da câmara municipal ou seu representante, mas sim que ir até ao edifício camarário do Campo Grande. Eu até compreendo a diferença no caso de Lisboa, a capital (pobre dr. António Costa, se tivesse de calcorrear todos os espaços, um por um!); e sejamos pragmáticos: afinal o que importa é que possamos votar, seja como for. Só condeno a falta e inoportunidade de informação.

O meu apelo é só um: o rotativismo está falido, e a composição do parlamento fixada em 5 falha. O PS é incompetente, e já ninguém acredita no PM do PS derrubado pela oposição, mas que afinal pediu a sua própria demissão; o candidato do PSD é demasiado flexível, e rodeado está por muitas e pouco confiáveis pessoas; o candidato do CDS é tão popular quanto... populista. O candidato comunista é uma cassete mais que estafada; o candidato do BE é uma desilusão, por não ter percebido que já chegou mais que na hora de ser o CDS da esquerda, isto é, um partido de governação aliável ao PS, com ou sem Sócrates tanto daria. Ora, passados 35 anos desde 1976, parece-me que já tivemos o suficiente desta configuração nos seus traços mais gerais e estatizados (duplamente, leia-se). Por isso, ousemos enfim remodelar a casa nobre da democracia: dia 5, vota o que quiseres que não um daqueles 5 – vota útil.


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