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segunda-feira, 11 de abril de 2011

anuência

Continuamos em crise, mas a ajuda não tarda. Todavia já estivemos pior, há que o dizer: lentamente começamos a vislumbrar o fundo do túnel. Apesar de ainda ser cedo para perceber que tempo faz lá fora. PS e PSD continuam a digladiar-se por um governo minoritário: “Sócrates parece Hitler, mas sem o bigode”, chegou-me aos ouvidos. Mas Passos lembra aquele Sócrates de outros tempos, ”bem-parecido e de enérgica e admirável oratória”, pelo que todas as pessoas têm razões para desconfiar. Seria irónico, mas não de todo impossível, acabarem os dois num governo de coligação – e no fim ter-lhes-á valido a supervisão do FMI para a legislatura chegar ao fim. Devíamos perguntar-nos o que queremos que eles façam ao nosso Estado Social – só assim se pode votar em consciência a 5 de Junho. Devíamos exigir-lhes que nos explicassem como, já que o porquê todos alcançamos. Sem entrar em detalhes, dir-te-ia que o país está como está porque nunca esteve bem; porque nem os modelos foram funcionais, nem as reformas operadas bem sucedidas, dignas de panaceia. Ora, se a oposição é estranha e o próprio PSD não é concreto, o PS também não tem sido honesto. É o liberalismo mau? É o PSD de Passos Coelho de facto liberalista? E Sócrates, merece continuar primeiro-ministro? As suas desdicências são compensadas pelos seus feitos? Estas dúvidas não podem persistir. Basta!: Digam lá todos à gente, senhores – mas civilizada, ordeiramente, à vez – como estamos, e o que sugerem para nos afastar do precipício. É que já começou a chover dos mercados, e o piso vai ficando escorregadio. Fernando Nobre fez saber há horas pelo facebook que será cabeça de lista do PSD por Lisboa estas Legislativas, sendo mesmo indicado como escolha do partido para Presidente da Assembleia da República. Uma jogada de mestre, diria: presidente da AR ou não, mas deputado garantidamente, acabou o independente e honrado senhor de assegurar o suporte dos sociais-democratas a uma nova candidatura às Presidênciais, em 2016. É: porque o melhor será não contar com o ovo no cú da galinha e Durão Barroso pode ter de ficar para depois... Seja como for – às urnas a 5 de Junho, minha gente, que assim se cuida da democracia. Força Portugal!