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sábado, 23 de janeiro de 2010

agradecimento

É com dor que verei a “minha” Inês sair do Ídolos no próximo Domingo. Não posso dizer que seja um fanzarrão de todo o tamanho – assim daqueles que não largam a idolatrada nem na Internet, pelos blogs e assim. Apenas me toca, me interessa e fascina genuína e respeitosamente a figura artística dela: a voz, a aparência, a personalidade e o reportório únicos e brilhantes. O talento extraordinário, único e inegável. O júri são os portugueses, não sou só eu. E que pena! Mas justiça seja feita: o Ídolos satisfaz plenamente a sua missão enquanto programa de tv concurso de entretenimento. Mais do que isso: possibilitou, ao menos a quinze jovens talentosos e brilhantes como a Inês, embora para mim não tão singulares assim quanto ela o é em termos de gosto e reportório musical, aquilo que pode muito bem ser a rampa de lançamento para uma carreira no mundo da música, quem sabe internacional nalguns casos.

Não posso dizer que a Inês é a que canta melhor, porque cada um canta do seu jeito e todos cantam optimamente – ou não estariam entre os cinco primeiros num universo de dezenas de milhar de candidatos. Mas uma coisa eu sei e posso afirmar: dos cinco que agora lá estão, ela é de longe a mais singular no estilo e no todo artístico que perfaz nos seus vários atributos. Para mim já ganhou. Já ganhamos os dois. Já ganhamos todos.

Parabéns Inês, e… obrigadão!! ;)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

encontro

Acho que estou numa fase particularmente humanizada da minha existência. Dou por mim a reflectir sobre todo o tipo de questões e mais alguma, e isso faz-me sentir velho! Ou novo, já nem sei: talvez no meu caso a adolescência não tenha sido a dita "idade filosófica por excelência".

Todos os princípios de ano me levam a pensar o mesmo, de há alguns anos a esta parte: "tens de mudar, e para melhor!" Mas não é a vida uma constante mutação, para melhor? Se todos os dias me sinto mais esclarecido e menos ingénuo, a verdade é que também não deixo de me sentir vivo.

Interrogo-me muito sobre a morte ultimamente: não se trata de um estado de depressão ou melancolia, nem tão-pouco de tendências suicidas - que de certo me remeteriam para o domínio do empírico nesta matéria -, mas apenas de pura curiosidade. Mas terei tempo, como qualquer pessoa. Não é verdade?

Em todo o caso, entendo-me presentemente de algum modo conformado com o meu estado actual. Estado de vida e de pensamento sobretudo, digo. Também me sinto mais desperto para a música e, estranhamente, estou também a descobrir a leitura; contudo dou por mim mais anti-social, como agora é moda dizer: já não me dou a tantos trabalhos como antes para conhecer as pessoas. E por lhes me dar a conhecer. Até porque há sempre quem goze connosco, quem faça pouco desse nosso trabalho em particular.

Se o risco nunca me entusiasmou, o desconhecido continua a inspirar-me: jogar pelo seguro também pode ser evoluir. E porque assim é, fiz uma espécie de promessa este mês (e eu até nem sou dessas coisas, pois considero-me suficientemente honesto e confiável): que me dedicarei mais a quem gosto e a quem sei gostar de mim, e menos a quem gostava de gostar, e que gostasse de mim. Todos somos únicos, mas isso não parece chegar para que nos possamos dar todos bem. Verás que, no fundo, ainda continuo, me teimo inocente.