No que me toca, hei-de aproveitar ao máximo estas oportunidades excepcionais: uma das melhores coisas na minha faculdade é a frequência com que decorrem colóquios, conferências e debates sobre os mais variados temas, seja isoladamente ou em ciclos. Suponho e desejo que assim seja nas outras.
Hoje mesmo passei a maior parte do meu tempo num colóquio interessantíssimo, apercebendo-me mesmo que foi o dia em que mais aprendi ali. Com efeito, é-me muito agradável a oportunidade de estar com pessoas mais ou menos conhecidas a falarem sobre os assuntos que melhor conhecem, e ter no fim da sua oratória a oportunidade de lhes colocar questões, ou mesmo debater com elas os assuntos então visados.
Hoje mesmo passei a maior parte do meu tempo num colóquio interessantíssimo, apercebendo-me mesmo que foi o dia em que mais aprendi ali. Com efeito, é-me muito agradável a oportunidade de estar com pessoas mais ou menos conhecidas a falarem sobre os assuntos que melhor conhecem, e ter no fim da sua oratória a oportunidade de lhes colocar questões, ou mesmo debater com elas os assuntos então visados.
No entanto, não pude deixar de me inquietar por ter sido o único do meu curso a estar presente – disto tenho quase a certeza –, sendo que não é a primeira vez que assim é. E por isto pergunto: o que é uma instituição de ensino superior? Qual o seu interesse e utilidade, a partir do momento em que temos uma adesão residual a eventos tão contributivos para esse “papel-chave” que é a transmissão e partilha de conhecimentos da parte do público a que se destinam – os estudantes?
Ora, em jeito de tentativa de solucionar este insensato problema só me ocorre algo, por mais ingénuo e até simplista que possa parecer: assim como temos um plano nacional de leitura, criarmos um plano nacional de literacia. Porque creio que insta encorajar o quanto antes este gosto pelos eventos coloquiais, por assim dizer. E já agora, porque não criar a rede nacional de organização coloquial, ou coisa do género, para levar "o conhecimento por via da palavra viva", dinâmica porque participada, às instituições de ensino. Mas também às de trabalho, saúde, tempos-livres, e de terceira idade. Afinal, não só a estudar se aprende. E mesmo estudar se aprende!