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domingo, 25 de julho de 2010

alternância

Este ano, creio ter descoberto que não existe aquilo a que chamamos de férias; há, isso sim, uma variância de ritmos de trabalho. De facto, qualifico engraçadamente de variância tal suceder porque ninguém quer uma qualquer variação; quererá antes uma (ou alguma, consoante o caso) que não ponha em risco um equilíbrio que é pessoal e intransmissível. E que deve, aliás, ser perfeitamente conhecido por cada um à partida.

Ora, nestas pausas que todos vamos tendo, e que são geralmente por nós tanto apreciadas, salta à vista a maior facilidade e mesmo apetência para o exercer do descanso. As próprias actividades por que optamos são diferentes: coisas que, à primeira vista, consideramos mais leves porque menos exigentes, mais prazenteiras porque interessantes. Mas que, sem embargo, não deixam de nos fatigar – já que, como qualquer coisa na vida, nos requerem certo esforço. E até o tempo, o próprio tempo, enquanto conceito que por norma temos altamente presente durante todo o ano, nos permite a rara, difícil excepção de perdê-lo. O relógio esquece-se no braço, em casa até, com muito mais facilidade.

Claro que só nos pode fazer bem quebrar a rotina momentaneamente: seja substituindo-a, seja cessando-a. Na verdade, alimentam vários doutos em neurologia que é procedimento a ter em conta para prevenir doenças como a terrível alzheimer! Mas, ainda assim, é de evitar o repouso absoluto, o descanso total, o ócio por completo. Tudo o que se faz deve ser proveitoso, mesmo que a nível puramente intelectual. É, quiçá, esse o verdadeiro descanso – e o melhor de todos. Seja lá como for, fundamental é aproveitar todo e cada momento.

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